Vilarejo da Fera Trovão - Montanhas da Boca do Deserto

[Calabouços]

O homem aproxima-se de Aleandhir, parando ao seu lado um tanto encolhido.

- Se você for, eu vou...

Neste instante pode-se ouvir ao fundo dos corredores do calabouço um estampido e um grito:

- NÃO! VOLTE AQUI!!!! QUE DIAB...???!!!

Poucos segundos de silêncio enquanto os ali presentes tentam processar a idéia, aparece um soldado recém incluído ao exército, correndo esbaforido e com o rosto branco de susto.

- S-senhor... Um dos prisioneiros... Ele... Desapareceu!!!

Pode-se notar no rosto do espião que estava sendo interrogado um leve sorriso de satisfação.

[Calabouços]

O prisioneiro parece estar tão assustado quanto o próprio soldado que viera correndo. Ele tenta dizer algo mas simplesmente não consegue, visualmente está confuso...

- E-eu não sei... Não sei o que está acontecendo... Fzoul já sabe sobre este forte mas... Acredito que felizmente um dos nossos conseguiu escapar...

O homem então sorri, falando maliciosamente:

- Agora não há mais saída, nós sabemos os pontos fracos deste lugar e em breve vocês serão esmagados, ESMAGADOS!!!!

O soldado empurra o prisioneiro contra a cadeira, fazendo com que o zentharin caísse para trás...

- Cale a boca! Maldito... - Vira-se para Aleandhir - Senhor, peço que venha até as celas... Os outros prisioneiros zentharin foram mortos por seu companheiro através de truques mágicos acredito eu... Provavelmente para que não fossem interrogados... Depois ele desapareceu, sumiu do nada! Venham por favor!

[Calabouços]

Acheron resolve ficar naquela sala para continuar interrogando o prisioneiro a seu modo... O mago, por sua vez, resolve acompanhar Aleandhir, curioso pelos tais truques mágicos que o soldado falava.

Os dois são guiados as pressas pelos corredores escuros e estreitos da prisão, o soldado segura uma tocha e segue na frente. O local é úmido e gelado, a luz bruxuleante da tocha ilumina pouco mas o suficiente para os três.

Aleandhir e Rhazni chegam ao local das celas, aparentemente 5 celas grandes de cada lado do corredor. O soldado começa a caminhar em direção ao fundo do corredor, e na medida que se aproxima podem-se ver dois corpos estendidos no chão, de olhos arregalados e uma prematura palidez em seus rostos. Rhazni abaixa-se pra analisar aqueles corpos.

- Bem, aí estão... Havia mais um, ma realmente não sei o que... Ahn? - O soldado vira-se novamente em direção ao fundo do corredor, parecendo ter visto algo.

Ao que Aleandhir olha, pode ver uma silhueta feminina muito mal iluminada. Por enquanto a única coisa que ele distingue é um longo vestido negro e pés descalços... Aparentemente, uma mulher.

- Quem é você? - Diz o soldado.

A mulher começa a caminhar em passos suaves e lentos, e aos poucos seu corpo começa a poder ser visto. Um corpo escultural, dignamente esculpido por deuses, acompanhado de um andar insinuante. Longos cabelos negros e lisos que caem sobre os seios, e agora Aleandhir consegue ver... O rosto mais belo e mais puro que ele já viu em toda a sua vida. Os olhos verdes reluzem a luz da tocha e seu olhar ingênuo parece tocar os corações de todos ali presentes. Rhazni levanta-se na mesma hora, estupefado mas aparentemente desconfiado, e o soldado fica boquiaberto parecendo não acreditar no que vê. A mulher segura em suas mãos uma flor, aparentemente uma flor morta...

Aleandhir deve realizar um teste de Vontade no tópico Rolagens de dados.

[Calabouços]

Aleandhir mal percebe o quão difícil é tirar os olhos da mulher... Linda, jovem, tão perfeita... O feiticeiro sente a mão do mago em seu ombro.

- Cuidado...

Como se lutasse contra sua própria mente, Aleandhir balança a cabeça e volta a se concentrar no que havia acabado de acontecer. Não era normal aquela mulher aparecer ali do nada, e mortes haviam acabado de acontecer. O feiticeiro não pode deixar de observar o soldado, que estava encantado com a mulher, sem nem ao menos se questionar se ela era a culpada. Aleandhir até mesmo desconfia que, felizmente, ele e Rhazni haviam acabado de lutar contra algum encantamento daquela mulher, e que o pobre soldado não fora capaz disso. Eis então que eles escutam a voz melodiosa da mulher.

- Nobres homens das terras baixas... Me ajudem... Estou com tanto medo... Meu nome é Marinn, por favor, me ajudem...

O soldado se prontifica rapidamente, dando um passo até a mulher e pegando em sua mão.

- Sim minha bela, estarei aqui para sempre, farei tudo que precisar.

[Aleandhir teve sucesso em seu teste de vontade, pode agir como quiser.]

[Calabouços]

Marinn recua um pouco parecendo sentir medo...

- Eu... Fui encontrada por um destes homens durante a noite próximo a montanha... Ele disse que teria de me matar pois eu poderia atrapalhar a missão de espionagem do grupo deles... Eles não poderiam ser vistos... Com a ajuda dos deuses pude tirá-lo do meu caminho, e me infiltrei no grupo fingindo ser um deles. Acabei sendo presa junto com eles... Foi isso senhor...

Ela se aproxima de Aleandhir, pegando suavemente uma de suas mãos. O feiticeiro pode notar o soldado enciumado.

- Por favor senhor, não me faça mal... Durante o tempo que viajei com eles pude descobrir muitas coisas, posso ajudá-los no que for necessário... Faço o que quiserem, mas não me mantenham aqui, não me machuquem...

Acheron permanece na sala do interrogatório por alguns instantes, mas entã com a demora dos demais ele decide ir lá e averiguar com seus próprios olhos.

- Soldado! Prendam este homem novamenet, depois eu o mandarei novamente pra seu lugar!

*Acheron dirije-se para as celas*

[Calabouços]

Acheron adentra o lugar no exato momento em que Marinn pede ajuda a Aleandhir... Ele pode ver toda a cena descrita anteriormente... Os corpos, o soldado encantado pela mulher e Rhazni desconfiado em um canto.
O bárbaro ve a mulher, linda, estonteante, com seu olhar de suplica a Aleandhir.

Acheron deve realizar um teste de vontade

Se naquele momento Acheron pensava em esbravejar e gritar, ele realmente esquece... Sendo fitado pela mulher no instante em que adentra o lugar, o poderoso guerreiro fica sem fala durante alguns segundos... Tão bela... A criatura mais doce que ele já viu na vida... E ela pedia por ajuda. Acheron sentia seu coração bater forte e até mesmo a imagem de Eloá se apaga de sua mente, estava apaixonado por aquela mulher... E ele sentia que ela jamais faria mal a alguém ali.

Aleandhir e Rhazni percebem a reação de Acheron e ficam extremamente apreensivos, mas não sabem muito bem o que se passa.

Marinn sorri para Acheron e para de falar com o feiticeiro, caminhando até Acheron e ficando muito próxima.

- Você... Parece forte... Você pode me ajudar?

A'sua consegue finalmente chegar até o vilarejo da Fera Trovão. A jornada não havia sido fácil, enfrentando no caminho alguns perigos e o frio da montanha. Durante a subida da montanha, A'sua ainda teve de ver flechas apontadas para sua cabeça e responder a um interrogatório... Normas de segurança reforçada da região...
Sendo acompanhado por dois soldados do próprio Vale Profundo que estavam apoiando o vilarejo, A'sua adentra os portões do lugar.

(Hunter, por favor leia a descrição da cidade lá encima ^^)

O sol do fim de tarde ofuscava os olhos de A'sua enquanto ele cruzava os portões do forte, fazendo-o ter que levar a mão ao rosto para poder visualisar o local. Os arqueiros sobre as paliçadas de madeira o olhavam desconfiado, e o barulho dos martelos nas construções criavam uma música nervosa que fez o cavalo do guerreiro se agitar. Após acalmar o animal, Arhus pediu que seu serviçal levasse as montarias para um estábulo, voltando seu olhar para um dos guardas na entrada do local.

- Sou A'sua, Alto Oficial do Vale Profundo - ele diz, mostrando sua insígnea. - Vim requerer uma audiência com Acheron Thunderbeast, líder deste local.

Aleandhir desconfia que a mulher está hipnotizando os outros de alguma forma. Seu primeiro impulso foi ignorá-la e sair em busca dos Zentharim, mas logo se conteve. Não podiam ter uma possível espiã dentro da cidadela nessa altura dos acontecimentos.

- O que sabe que pode nos ajudar, senhorita...?

[Ruas da Cidade]

Mario escuta as ordens de Arhus e prontamente toma as rédeas dos cavalos, ajeitando a bagagem encima deles. O escudeiro parece realmente animado em ter chegado, a muito tempo não fazia uma viagem tão difícil e não via a hora de poder descansar um pouco.

- Sim senhor! Deseja também que reserve quartos para descansarmos mais tarde e providencie comida?

Um dos soldados que acompanhava Arhus lhe responde:

- Acheron Thunderbeast encontra-se nos calabouços senhor. Posso acompanhá-lo até lá se quiser, mas ele deve estar muitíssimo ocupado no momento.

[Calabouços]

Marinn vira-se para Aleandhir, sorrindo, mantendo-se ao lado de Acheron.

- Eu ouvi algumas coisas que estes prisioneiros de vocês disseram... Parece que os Zentharins andam formando um forte e uma trilha de guerra bem longe daqui... Ouvi dizer algo sobre a floresta de Cormanthor... Talvez fosse melhor levar seus soldados para lá....

[teste de sentir motivação]

Uma lufada de vento fez os cabelos do guerreiro esvoaçarem sobre seus ombros. Ele virou a cabeça para o serviçal, imponente, e falou.

- Reserve os quartos e coma, amigo. Devo demorar.

A'sua voltou-se então para o soldado e o fitou.

- Leve-me até ele, então.

[Ruas da Cidade]

Mario contenta-se e segue em direção a um estábulo para deixar os cavalos e após iria para a estalagem mais próxima, que por acaso só havia uma no vilarejo...

O soldado mantém o olhar firme para Arhus, acentindo com a cabeça. Ele é um homem mais ou menos da mesma altura de Arhus, um pouco mais novo.

- Certo, me acompanhe e vou verificar.

Os encantos de Marinn tocam profundamente o coração de Acheron, fazendo o gigante perder a compostura e apagar qualquer problema, preocupação ou sentimento de sua mente - sua vida era servir aquela mulher, que com certeza é a mulher de seus sonhos!

- A... ...ajudar? Em que posso lhe ser útil nobre dama? Tudo que estiver ao alcance de Acheron Thunderbeast e o Vilarejo da Fera Trovão estarão a sua disposição! *toca a mão da "mulher" com as suas, a conduzindo para fora daquele lugar desagradável* - Vamos, vamos sair deste lugar, vamos para um lugar mais confortável e apropriado para sua presença!

Acheron literalmente ignora a presença dos conjuradores, dando o máximo de sua atenção para sua convidada

(Bom galerinha do mau, não to afim de empacar o pbf...bora lá continuar)

[Calabouços]

Aleandhir acha estranho o que a mulher fala, sente malícia em suas palavras, mas não sabe dizer até onde é verdade ou não... Marinn percebe que o feiticeiro parece não crer muito, mas agora que tinha o líder do vilarejo ao seu lado, sorri maliciosamente e começa a acompanhar Acheron até a saída.

Aleandhir acha muito estranho, Acheron mudara completamente sua forma de agir... Estava sendo gentil demais para ser quem era, ainda mais com uma mulher tão suspeita que ele acabara de ver.

A face do soldado que está ali presente se enche de raiva ao ver Marinn saindo com Acheron.

- Não! Marinn, você deve ficar comigo!!!!

A mulher olha para ele, um olhar firme, e toca em seu ombro...

- Vá embora... - diz Marinn

O soldado recua e estranhamente parece sentir-se mais cansado... Marinn vira-se e começa a sair acompanhada de Acheron.

Agora Aleandhir tem quase certeza, algo místico envolve aquela mulher... Rhazni continua parado, analisando profundamente o soldado... Este fica ainda mais furioso, dando um grito e partindo em ataque de Acheron, levantando sua espada contra as costas do bárbaro, mas a armadura forte do bárbaro faz com que a espada deslize e não consiga penetrar. Um outro grito é escutado lá de cima...

Já do lado de fora, A'sua chega até a sala de entrada da prisão, onde se pode ouvir um grito e em um corpo sendo lançado contra uma outra porta que tinha ali dentro... A porta se abre quase desprendendo da parede, e o corpo lançado parece ser de mais um soldado, que grita de dor caindo estatelado no chão. Do lado de dentro, próximo a porta, pode-se ver um homem, com um olhar insano de raiva... Apesar disso, ele parece muito machucado e debilitado. O soldado que acompanhara A'sua saca sua espada e prepara-se.

[A partir de agora vocês rolarão os dados em casa, confiarei em vocês, não me roubem... é a única alternativa até o rolador voltar. Alex, considerei seu teste de sentir motivação como ganho, para não parar o jogo mais tempo. Rolem os dados em casa e postem no rolador de dados ok?]

Acheron continua encantado pela beleza e sensibilidade de Marinn, não permitiria jamais alguma hostilidade tão próxima assim de sua amada.

- Verme, como ousa atacar o Rei desta montanha? *uma rápida olhada para Marinn, e logo olha para o soldado intimidatóriamente, e com suas mãos nuas aperta o pescoço do jovem, literalmente o enforcando*

- Deve morrer!

Os olhos de Acheron estão furiosos, suas veias enervecidas e visivelmente dilatadas, fazendo com que seus músculos enrijeçam e sua força descomunal erga o jovem soldado alguns centímetros do chão. Sua voz também tornara-se mais grave e nervosa - uma visão terrível para qualquer um que ouse atravessar sua frente.

Sem delongas Acheron arremessa o soldado aos pés de Aleandhir, voando alguns metros pela cela, dirijindo a palavra ao feiticeiro.

- Caso você também ouse ficar entre esta nobre dama e eu prepare-se pois o próximo pescoço será o seu!

::..Agarrar no Soldado: 36..::

O barulho e a batalha inusitada fazem A'sua não se sentir bem vindo no vilarejo, mas com um olhar apreensivo, ele percebe que algo está fugindo do controle dos soldados locais. Ele então põe a mão sobre a espada e aproxima-se do combate que está para se iniciar, ficando na defensiva para lutar apenas se os soldados não forem capazes de dominar o caos.