Vilarejo da Fera Trovão - Montanhas da Boca do Deserto

Este pequeno vilarejo bárbaro situa-se ao norte das montanhas, próximo ao Mar da Lua. Por sua posição estratégica, este vilarejo fora invadido pelos Zentharin e transformado em uma base militar. O vilarejo fora salvo por um grupo iniciado no Vale Profundo e pelo líder da tribo, Acheron Thunderbeast. Agora, todo o povo que ali vivia está refugiado em Lua Alta, e o vilarejo fora transformado em um poderoso forte militar liderado por Acheron. Ao que diz as investigações, os zentharin pretendem começar a investida contra a Terra dos Vales por este trecho, para não ter de cruzar Cormanthor (uma floresta muito perigosa no centro da Terra dos Vales) e agora o forte aguarda os Zentharin. A guerra é iminente, mas os misteriosos inimigos confundem a todos, sem deixar com que ninguém saiba quando irão atacar e se realmente utilizarão aquele caminho.

Ao longo do percurso entre Lua Alta e o Vilarejo da Fera Trovão, as cidades e vilas foram alertadas e grande parte de seu povo refugiara-se em Lua Alta, bem como todos aqueles que podem lutar foram recrutados para juntar-se ao exército do Vale Profundo ou para fortalecer o novo forte militar criado.

Rhazni e Aleandhir fazem parte destes aventureiros recrutados, e agora encontram-se neste forte para servir de apoio mágico, já que a maioria dos que ali se encontram são soldados e guerreiros.

O vilarejo é feito de pequenas casas e construções de madeira, homens trabalham em novas construções constantemente, para que o forte torne-se completo. Ao longo da descida da montanha, barricadas para arqueiros foram construídas, bem como ao redor do vilarejo torres de vigília. Ao longo de todas as montanhas, inclusive em seu início no Mar da Lua, grandes tochas foram construídas para servir de aviso. Assim que os zentharin se aproximarem, se isto acontecer, as tochas vão sendo acendidas uma a uma (como em senhor dos anéis) podendo ser vistas a quilômetros de distância. Assim a Terra dos Vales saberá que o inimigo se aproxima. Os soldados dividem seus quartos em grandes galpões de madeira, e os aventureiros desfrutam de pequenas casinhas antes ocupadas por famílias para sua estadia ali. Acheron Thunderbeast reside na maior casa do vilarejo, e recebe a todos em sua morada para planos e conversas. A situação do forte é sempre de constante alerta, trabalho e tensão.

Há uma pequena taverna para que os guerreiros possam descontrair toda esta preocupação. A taverna chama-se Canto do Bardo do Sul, e pertence a um bardo elfo chamado Edan Sirian. Edan tem cabelos brancos, preso com várias tranças, olhos negros e um semblante belo e carismático, ele alegra a todos com suas histórias e belas canções tocadas por seu bandolin ou muitas vezes por uma flauta se som doce e confortante.

Alguns espiões zentharin foram encontrados nas proximidades do vilarejo. Rhazni e Aleandhir foram responsáveis por sua captura, e agora os espiões foram levados ao calabouço para interrogatório.

Todos sabem que é difícil arrancar algo da boca de um Zentharin, por isso os dois arcanos foram encarregados do interrogatório, para que com suas magias possam retirar informações dos espiões.

Acheron fora avisado da situação e chamado aos calabouços para assistir ao interrogatório, ele encontra-se a caminho.

Rhazni e Aleandhir já podem postar aqui, Acheron deve aguardar que os dois postem primeiro para que chegue ao calabouço.

O mago e o feiticeiro agora encontram-se de pé em frente a um dos espiões. Um homem de cabelos negros e curtos, ainda meio tonto pela quantidade de porradas que levou, está amarrado em uma cadeira. O ambiente é escuro e úmido, o homem está molhado pois um balde d'água foi jogado sobre sua cabeça para que acordasse. Seu olhar maldoso transmite desdém aos dois arcanos em sua frente.

[Ruas do Vilarejo]

Acheron caminha pelas ruas ao fim de uma noite que parecia tranquila, se não fosse os espiões Zentharin encontrados a algumas noites atrás. O vento habitual da montanha o faz relembrar os tempos de paz da vila, onde suas únicas preocupações eram as vezes alguns monstros que viviam ali. Os Zentharin são pior que monstros...

Rhazni e Aleandhir são conhecedores na magia arcana, cada um de uma forma diferente, e foram recrutados durante o percurso que Acheron e o exército fizeram de Lua Alta até a montanha. Nesse momento eles aguardavam Acheron para começar o interrogatório.

O bárbaro caminha em passos firmes e de repente observa um pequeno pássaro pousar na janela de uma casa. Ele pousara tão perto e tão de repente que Acheron surpreendeu-se. O pássaro levanta vôo novamente e pousa no chão bem a frente de Acheron. Pode-se ver em seu bico um pequeno pedaço de papel, que o passarinho larga aos pés do bárbaro e vai embora, desaparecendo da vista de Acheron.

Em suas mãos Acheron vê um bilhete escrito em uma letra fina e repuxada:

Olá...
Desculpe a demora, tive um pequeno desvio de rota. Encontrei uma amiga sua, Maraia, e ela me ajudou a encontrar o tesouro do dragão. O mais surpreendente não é isso, mas sim as pessoas que lá encontrei... Drows guardando a montanha e uma visita do próprio Fzoul Chembryl ao covil. Aparentemente ele havia ido lá buscar algo e mais tarde descobri ser a pedra que guarda a alma do lorde de Vale Profundo. Entreguei ela a Maraia e Annael, para que levassem a um lugar de segurança, pois eu devo ir prestar as contas com Sememmon.

Espero vê-lo em breve...

Elóa Olhos-de-Águia.

*Acheron lê atentamente a mensagem, ficando um tanto apreensivo com a notícia dada pela elfa*

Eloá... *o bárbaro guarda a carta em seu bolso, falando consigo mesmo* ...cuidado, é só o que eu te peço.

*O guerreiro dirige, agora decidido para o calabouço, porém sua mente está em outro lugar, muitos quilômetros dali... ...com uma certa ranger*

[Calabouços]

Acheron adentra o local onde parece estar mais movimentado. Soldados guardam muito bem a prisão sabendo que os prisioneiros foram acordados e neste momento o interrogatório começaria. Também ficariam ali de prontidão caso precisassem deles.

O bárbaro desce pelas escadas se encaminhando ao subsolo onde ficam os calabouços da prisão, ele pode ver ao fim do corredor uma luz fraca dentro da sala que está com a porta entreaberta. Parados em frente a um homem amarrado em uma cadeira, Rhazni e Aleandhir parecem não saber muito o que fazer.

(Hunter, não dependa da sua ficha pra jogar, ao menos poste né... Se seu personagem não sabe o que fazer, poste isso. Comentários em off apenas no tópico Conversas em Off.)

Como de costume, Acheron nunca perde sua seriedade e firmeza. O bárbaro desce as escadas velhas do calabouço, fazendo-a ranger com seu peso e força.

Ele tem um objetivo pela frente, porém sua mente certamente não se encontra no vilarejo da Fera Trovão, isso faz com que sua paciência - que já é curta - praticamente se estíngua.

Acheron - Rei da Montanha, como tem sido chamado aínda se incomoda com seu novo título, porém faz jus à sua fama de durão e de um grande homem - afinal é de um ser de 1,98m de altura, 100 kg e proprietário de uma força considerada por muitos como super-humana.

E essa é a visão dos prisioneiros, dos conjuradores e de qualquer um que esteja em frente ao líder da tribo.

Acheron chega enfim chegara à cela, indo diretamente aos prisioneiros, chegando com seu rosto à alguns centímetros de distância do rosto de um deles.

- Normalmente eu sou impaciente, mas hoje você me encontraram em um dia especial. Eu estou MUITO impaciente, e espero que colaborem logo! *Acheron ergue o indivíduo no ar com apenas uma de suas mãos, e depois de encaraá-lo no olhos o arremessa contra a parede*

::..Intimidação..::

Assistindo a cena, Rhazni levanta a sobrancelha, como se aquilo o tivesse deixado surpreso. O mago dá um passo adiante, como se fosse impedir Acheron, mas vacila, recompondo-se e observando o interrogatório.

[Calabouços]

Acheron levanta o espião com apenas uma mão, erguendo junto a cadeira onde o homem está amarrado. Ele o arremessa contra a parede fazendo com que o homem bata com um dos braços e caia no chão, com cadeira e tudo. Nota-se que a cadeira quase quebrou e mais alguma brutalidade dessas ficará impossível sustentar alguém encima dela, bem como mais um golpe assim o espião cairá desacordado novamente. O tratamento dos prisioneiros no vilarejo costuma ser um tanto cruel, pois ali só entra quem realmente merece.

O espião dá um grito de dor e alguns gemidos quando cai no chão, tentando inutilmente se soltar das cordas, que afrouxaram um pouco com a batida.

O mago olhou a expressão dolorida no rosto do homem com um pouco de dó, franzindo a testa, e adiantou-se à frente de Acheron. Ele não permitiria que o espião fosse agredido novamente - mesmo que fosse um inimigo. Torturas estavam fora de questão para o bondoso doutor, que pôs a mão sobre o rapaz e fitou-lhe o olhar.

- Não dificulte as coisas - ele disse, tentando endireitar o inimigo na cadeira. - Miríades de pessoas vão morrer em vão se não ajudares, e se depender do povo lá fora, serás uma delas. Te deixamos viver, e permites que pessoas sejam salvas. É um trato justo, não?? Poderias começar dizendo porque foste enviado. É melhor responderes a mim do que seres enterrogado por ele, não?? - perguntou, fazendo um sinal para apontar a Acheron.

[Calabouço]

Acheron fica atrás de Rhazni, a seriedade de seu rosto não se desfaz, mesmo depois das palavras do conjurador, porém o bárbaro espera para saber se o prisioneira irá colaborar da forma diplomática.

Uma rápida olhada para o outro indivíduo - Aleandhir - tentando lembrar de onde conhece estes rostos.

- E então? Vai colaborar ou devo continuar o que eu estava fazendo? *estrala os dedos*

[Calabouços]

Rhazni consegue por o prisioneiro em sentado novamente. Ele observa todos o fitando e começa a falar:

- Ficamos sabendo da construção deste forte, e viemos aqui investigar, apenas isto! Me matem logo, não poderão tirar de mim nada além do que já sabem...

Acheron reconhece o feiticeiro, ele é oriundo do Bosque das Lágrimas, um pequeno vilarejo ao oeste de Lua Alta. Ele se juntou ao exército durante seu percurso até o vilarejo.

Acheron enfim lembra-se do conjurador, enquanto sua mente desvaneia desvirtuado ao assunto.

- Bem, você veio diretamente do Mar da Lua ou os Zentharins possuem uma nova instalação militar mais próxima? *Acheron para ao lado de Rhazni* - Quem lhe deu ordens para vir até aqui? Fale logo ou você vai decididamente implorar para morrer!!

O doutor Sesuad'ra faz um sinal para que Acheron se acalme e toma a dianteira da situação, enquanto analisa os apertos da corda.

- De que adianta morrer por uma causa assassina?? - ele diz. - Podes muito bem nos ajudar e então se refugiar em territórios distantes, viver uma vida tranqüila. Onde estão os Zenrathins??

[Calabouços]

O homem olha desnorteado para os dois, sendo bombardeado de perguntas.

Acheron escreveu:- Bem, você veio diretamente do Mar da Lua ou os Zentharins possuem uma nova instalação militar mais próxima? *Acheron para ao lado de Rhazni* - Quem lhe deu ordens para vir até aqui? Fale logo ou você vai decididamente implorar para morrer!!

O espião solta uma pequena risada sarcástica.

- Não lhe parece óbvio?!? É lógico que há mais instalações, nós estamos por todos os lugares da Terra dos Vales, espreitando onde vocês menos imaginam! Logo você saberá quem me mandou aqui, Thunderbeast, e saberá da pior forma...

Acheron pode notar que uma certa agressividade nas palavras do homem foram causadas pelo medo que ele está sentindo, já que não consegue correr ou fugir...

Rhazni escreveu:- De que adianta morrer por uma causa assassina?? - ele diz. - Podes muito bem nos ajudar e então se refugiar em territórios distantes, viver uma vida tranqüila. Onde estão os Zenrathins??

- Me refugiar?? - Ele ri novamente. - Para que? Nestes Reinos, vida tranquila só existe após a morte! Faço por mim mesmo enquanto as ovelhas seguem o rumo do rebanho! Onde estão os Zentharins? Em todo o lugar, debaixo do seu nariz... E podem esperar, que logo terão aquilo que estão pedindo!

"Ele parece obstinado", pensa o mago, olhando ternamente para o Zenrathin. "Pena que tenha escolhido seguir o caminho das trevas".

- Aleandhir - diz o mago, olhando para o feiticeiro. - Tens algo útil para fazê-lo mudar de idéia?? Ele não parece estar disposto a colaborar de outra maneira.

- Humpf... *olha para o feiticeiro* ...aposto que não!

*Acheron toma a dianteira da situação, mesmo sob protestos de Rhazni pára em frente ao intimidado homem, o fitando de forma ameaçadora*

- Maldição! Não me diga que você é mais um fanático de Bane!!!! Aquele maldito clérigo... *lembra-se da batalha contra o alto sacerdote de Bane* - Bem, você tem duas alternativas, e eu irei cumprir minha palavra certamente, Zentharin, ou você me localiza no mapa as mais importantes fortificações e bases Zentharins nos Vales e aos arredores - fazendo isso eu lhe prometo a liberdade, ou eu irei acabar com você beeeeeem lentamente...

*Olha para o mago, recusando qualquer tipo de represália à sua proposta - afinal Acheron é o líder disto aqui*

[Calabouços]

Ao sentir bem de perto a forte ameaça de Acheron, o homem olha para Rhazni com um olhar de dar pena, com quem implorasse clemência apenas com um olhar.

- Eu não direi nada!!! Se eu disser serei morto de qualquer forma! Melhor morrer aqui do que nas mãos de Fzoul!

O homem grita quase entrando em desespero.

Neste momento todos são surpreendidos com palavras mágicas vindas de trás. Rhazni pode entender que Aleandhir está lançando a magia Encantar Pessoa.

Um leve brilho em um tom rosa cai sobre os olhos do prisioneiro, que se fecham por alguns instantes.

- Não o agrida, Acheron... Ou minha tentativa será inútil. - Diz Aleandhir, em um tom baixo e calmo.

Aleandhir se aproxima do homem, colocando a mão em seu ombro e sorrindo amistosamente.

- Escute, meu amigo aqui é um tanto impaciente... Mas saiba que se você nos ajudar, certamente ajudaremos você. Seria bom para todos, inclusive para você, amigo, que respondesse nossas perguntas. Qual é o seu nome?

O homem olha com medo para Acheron, e volta a olhar mais calmo para o feiticeiro. Acheron não entende de magia, mas o feiticeiro havia feito algo com o prisioneiro...

- Me chamo Tales... Tales Carlin... - O espião diz, com a cabeça baixa...

- Ótimo, meu nome é Aleandhir, estes são Acheron e Rhazni. Por favor, responda as perguntas deles... Garanto que não lhe farão nenhum mal... Não é mesmo Acheron?? - Aleandhir olha para Acheron, dando uma piscadinha. - E também garanto que terá a proteção da Terra dos Vales, se nos responder. Ninguém o matará...

Rhazni percebe a magia que o feiticeiro usou (Off: queres que eu role Identificar Magia [+24]??), e esboça um sorriso no rosto. O medo que ele tinha sentido com a ação de Acheron sumiu, dando vez a uma felicidade por salvar uma alma. Ele então aproximou-se, olhando os dois companheiros e o espião, e se abaixou, ficando com o rosto na altura do prisioneiro.

- Onde os Zenrathins pretendem atacar?? - ele diz, fazendo um sinal para desamarrarem Tales.

[Calabouços]

Um soldado que fica a dispor na porta reluta ao pedido de Rhazni para soltar o prisioneiro... Ele olha para Acheron e, vendo sua indiferença, desamarrou o homem da cadeira.

O prisioneiro observa Acheron com medo, ao mesmo tempo que olha para a porta de saída...

- Nós... Atacaremos apenas onde vocês estiverem desprevinidos. O que não é o caso aqui...

O espião faz mensão de levantar, mas desiste ao olhar amedrontador do bárbaro.

(Alex pode interpretar seu personagem a partir daqui.)

O doutor olhou para o espião e usou Ilusão Menor para desenhar um mapa da região (Conhecimento em Geografia +13, acho...), mostrando rusticamente os arredores.

- Ele parece manter uma aversão intrínseca a nós - Rhazni disse, - mas podes dizê-lo que não representamos ameaça e pedí-lo que mostre a principal base Zenrathin e os acampamentos mais próximos.

Off: Enfeiticer Pessoa só dá amizade com o conjurador, por isso não pergunto eu mesmo...

[Calabouços]

O prisioneiro surpreende-se com o truque mágico de Rhazni, observando o mapa a sua frente... Ele olha desconfiado Rhazni e Aleandhir cochicharem.

- Amigo, me deixe ir... Não me colocarei mais em seu caminho... Mas por favor não me pergunte nada! Serei morto!

Aleandhir pode fazer suas perguntas

- Eu tenho uma idéia melhor, já que você decididamente não irá nos revelar nada você será liberto.

- Você vai para o colinho de Fzoul e conta pra ele que no vilarejo da Fera Trovão você encontrara um homem chamado Acheron Thunderbeast e que "em nome da destruição" eu irei encontrá-lo no campo de batalha, então travaremos nosso próprio duelo!!!

*Acheron fita o homem com desdém, e grita ordenando aos soldados do corredor*

- Homens, preparem um cavalo e vestimentas para este pobre coitado!!! *Agora vira-se novamente para o preso* - E você trate de falar-lhe de nas montanhas da Boca do Deserto você viu um forte organizado, pronto para a guerra! Bem como toda as Terras dos Vales!!!!!!

*Acheron da passagem para o homem, com seu machado em mãos*

[Calabouços]

*O prisioneiro parece não acreditar em Acheron... O medo em seus olhos emana claramente e ele se levanta ficando parado sem se mexer...*

- O que me garante que não me matarão???

*Ele olha para Aleandhir com um olhar de quem implora ajuda. Nada garantia ao homem que Acheron dizia a verdade... E nada garantia que ao colocar seus pés para fora da prisão outros soldados não o interpelariam como um fugitivo. Era preciso que fosse acompanhado até a saída, e ele certamente tremia ao ver Acheron.*

*Os soldados não compreendem a atitude do líder mas sem relutar saem para cumprir suas ordens, não demorando para voltarem com um cavalo de viagem e vestes simples.*